quarta-feira, 11 de abril de 2012

SEXO TAMBÉM É CULTURA
( Seja lá o que isso signifique )

Lendo O livreiro de Cabul, de Asne Seierstad descobri o poeta Rumi. Em sua obra - prima,Masnavi, escrita a oitocentos anos, o autor usa a sexualidade para mostrar que não é sensato seguir segamente o que os outros fazem e achei interessante sua maneira erótica e ao mesmo tempo engraçada de passar essa mensagem, apropriadissima para o nosso tempo, onde a maioria das pessoas senten-se mais seguras comportando-se como clones umas das outras. Veja uma dessas estorias.

Uma viúva tinha um jumento de que gostava muito. O animal sempre a levava aonde queria ir e sempre lhe obedecia. O jumento era bem alimentado. Mas um dia o animal começou a adoecer e se cansava mais cedo do que antes. Perdeu o apetite. A viúva se perguntava o que havia de errado e uma noite foi ver se ele estava dormindo. No estábulo encontrou a empregada deitada no feno, o jumento por cima dela. Isto se repetiu todas as noites, e a viúva ficou curiosa e pensou que ela também queria experimentar. Ela mandou a empregada embora por uns dias e se deitou no feno com o jumento por cima. Quando a empregada voltou, encontrou a viúva morta. Ela viu consternada que a viúva não tinha feito como ela fazia - colocando um pedaço de abóbora no membro do jumento para encurtá -lo antes de se entregar. A ponta era mais que suficiente.

Rumi